Escrever sobre Reiki para crianças é um desafio exigente. Isabel Gonçalves relata-nos a sua experiência do livro “O Pequeno Reikiano” e da importância desta prática, para as crianças.
O que é para ti o Reiki e que maiores transformações achas que ele traz?
O Reiki, tal como entendo e partilho com os alunos, é o mais fantástico sistema de reequilíbrio e harmonização que conheço. A “doença” e o mal-estar (psico, físico e relacional) resultam da desarmonia e desequilíbrio entre os sistemas orgânicos, entre os “campos”/corpos energéticos do Homem e entre o Homem e o seu meio envolvente; o Reiki é um sistema que permite natural e facilmente restabelecer esse reequilíbrio. O processo implica uma profunda transformação pessoal – ao nível da consciência e dos comportamentos – porquanto, ao tomarmos consciência de sermos responsáveis pelos acontecimentos e pelo atual status quo em que vivemos (inclusive a própria saúde), iniciamos e desenvolvemos de forma imparável as alterações necessárias à reconquista do bem-estar e da saúde.
Este é o teu primeiro livro? Como te sentiste a escreve-lo?
Nesta área, este foi o meu primeiro livro. Deu-me um enorme prazer e foi arquitetado de forma lúdica e educativa – também para mim. No fundo adotei o manual que utilizo nas sintonizações com as crianças.
Porquê um livro para crianças?
Nas crianças está a génese de tudo. Toda a ação pedagógica deve ser preventiva e pró-ativa não obstante a educação iniciar-se com a geração que a antecede… Nunca administro o curso de Reiki a crianças cujos pais não tenham sido também sintonizados ou que não tenham o mesmo tipo de consciência; o trabalho é global, participativo e integrado.
Além disso o livro foi especialmente dedicado ao meu neto Tiago que nasceu na altura da 1ª edição; hoje com 5 anos, recorre a todas as situações para justificar pedir-me Reiki…
Quem são as crianças que ilustram este livro?
Meninos e uma jovem que iniciei no Reiki. Tanto quanto sei, todos continuam a praticar… Aliás, também todos os adultos que aparecem no livro praticam o Reiki e um deles obteve mesmo o grau de Mestre.
Na capa tens uma imagem muito forte de uma criança a segurar o globo. Que mensagem queres transmitir?
Esta imagem foi-me sugerida pela Maria João Rico que colaborava com a editora. Gostei muito dela e aprovei-a de imediato pois senti que ela transmite a ideia de o mundo estar na mão das crianças quando estas despertam desde cedo para a consciência da responsabilidade de uma boa e amigável gestão de recursos num processo interminável de equilíbrio entre o Homem e o Planeta, a nossa casa-mãe. Numa frase mestra, traduziria assim esta imagem: “O Mundo é a minha casa e o seu equilíbrio depende de como a trato”.
Qual a idade mínima para aprender Reiki?
As crianças aprendem o Reiki em qualquer idade, desde que o ensino seja adequado ao seu leque etário. Utilizo, segundo os grupos, diferentes métodos pedagógicos, meios didáticos e duração da formação. Contudo, sinto que é a partir dos 8 anos que elas estão mais despertas e capacitadas a assumir a responsabilidade que a consciência de Gokkai e do auto tratamento implicam.
E os pais, o que acham? São também praticantes de Reiki?
Faz sentido as crianças pretenderem aplicar o Reiki e desenvolver a consciência da auto-responsabilização em ambiente hostil? Desejavelmente os pais serão também praticantes de Reiki. O encorajamento e a partilha são fundamentais – e só podem ser co-participados.
Que benefício vês, para as crianças, receberem terapia Reiki?
Faz todo o sentido. Os benefícios são múltiplos, como sabemos: além de as tratar em situações de disfuncionalidade – quer emocional (medo, insegurança, preocupação, tristeza, zanga, solidão, isolamento, revolta, sensação de injustiça e tantas outras), quer física (dores, indisposições, insónia, pesadelos, etc.) – suscita nelas a vontade de aprender a técnica para a administrarem a si mesmos quando necessário dada a sua facilidade. Paralelamente, tem a grande vantagem de poder “curar” sem ser invasiva pois além de não implicar ingestão de qualquer produto químico, também não requer métodos de tratamento dolorosos; pelo contrário, o Reiki faz-se a descansar, ouvindo musica e até a brincar. E no final, mesmo nestas condições, “resulta mesmo…”
Que tipo de casos tens acompanhado?
Em especial, casos de dificuldade de adaptação escolar (em processos de socialização, nomeadamente agressão a colegas); insegurança na exposição e na avaliação; hiperatividade; inercia e fraca predisposição para o estudo.
Aguarda-nos, para os próximos tempos, um novo livro?
De facto, estou a pensar editar muito em breve um livro sobre Reiki para adultos numa vertente muito particular….
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