Cultivamos o gosto pela leitura e pela escrita
2019 Ano da Meditação e Saúde Mental em Reiki ❤️
Só por Hoje
Sou Calmo
Confio
Sou Grato
Trabalho Honestamente
Sou Bondoso
A escrita a partir do lado orgânico, a escrita meditativa
A escrita meditativa é a escrita que realmente fala e fala
porque ouve primeiro a si, se reconecta, silencia, percebe, experimenta.
A escrita meditativa é criativa sem esforço, porque é concebida
por meio da fluidez. O que é exposto é honesto, é verdadeiro, existe dentro e,
portanto, não demanda invenções. A escrita meditativa é mais uma energia que
uma folha de papel e um lápis ou caneta.
O lado orgânico é nossa identidade original. É quem somos sem
adulteração, sem a pressão dos papéis que exercemos. Se nossos papéis falam de
uma forma o nosso ser orgânico fala de outra. O primeiro fala mais pelo
estímulo externo. O segundo fala mais pelo silêncio.
Escrita Meditativa
O que está fora de nós também é usado, mas como secundário.
Primeiro silenciamos e começamos uma viagem para o espaço
interno e sagrado que temos. Verificamos os tipos de pensamentos que estamos
desfrutando naquele momento e vamos organizando sempre com foco na clareza, na
limpeza, portanto, com foco naquilo que é bom e positivo. A proposta é
reconhecer as próprias qualidades como algo inato, presente. Sentir-se bonito,
capaz, feliz. Não convidar as más ideias e pensamentos negativos e inúteis a
uma xícara de chá. É deixar que estes passem como uma brisa de vento. Dentro
dessa energia, o espaço interno é organizado e se prepara como uma grande tela
branca, como se logo a frente uma grande folha de papel esperasse um traçado,
uma história mais bonita de aprendizado e autocuidado. Até situações negativas
são retratadas a partir dessa perspectiva de transformação e auto melhoria.
Depois desse passeio interno, aí sim, olhamos a paisagem,
escrevemos sobre ela, sobre nós, sobre os sabores que degustamos, sobre uma
situação, sobre o nosso dia. A escrita vai mostrar um conteúdo mais profundo e
alicerçado na autenticidade e honestidade.
Não há escrita impulsiva, o contar de fatos com criticismo ou
com censura, a autopunição. Nada disso!
O objetivo da escrita meditativa
O objetivo é sempre autoconhecimento e uma visão mais límpida do
mundo. A ideia é criar uma relação mais leve com a vida, com os fatos, e além
da auto melhoria e autocuidado, vem a dinâmica de educar nossos pensamentos,
melhorar nossa fala, nos tirar dessa onda de comunicação violenta ou daquela
intelectualização que fala demais sem ter nada a dizer. Outro ponto é estimular
o uso do potencial criativo, a escuta atenciosa até do silencio que sempre tem
muito a nos dizer. Desabafamos, nos aliviamos, inspiramos, movemos projetos
através dela.
O objetivo principal é a imersão em uma experiência transformadora não apenas
para aquele momento, mas para a vida.
O que usamos? Sobre o que escrevemos?
Usamos o silêncio, a música, a paisagem, uma experiência
cotidiana, o momento das refeições e até mesmo um problema ou fato cotidiano
que lidamos com constância. Mas o principal, usamos nossa identidade
verdadeira.
Meditações conduzidas ou não, fazem parte. Dança faz parte.
Movimento, poesia, desenhos, caminhadas silenciosas, experiência em meio à
paisagem, contemplação, sentimentos …
Brotam então: diários, cartazes, músicas, poemas, artigos,
teses.
Escrevemos sobre sentimentos, ideias, vontades, medos,
esperança, sonhos, dialogamos com o que não é visto, mas sentido. Falamos com
nossa fé, com uma Energia Maior, criamos até receitas, desenhamos nossos
projetos, desabafamos nossos pesos, valorizamos nosso potencial. Tudo isso é
colocado no papel dentro de um formato passo a passo.
“Mas eu não sou bom de escrita” – A escrita meditativa é para
você também. Com concentração, autocuidado, acolhimento, com a escuta atenta da
alma, todos podem escrever. Não se preocupe! A escrita meditativa existe
justamente para desbloquear os medos e limites que criamos.
Os benefícios da escrita meditativa são inúmeros!
A escrita meditativa favorece não apenas a reconexão com nosso
lado criativo, como também favorece um diálogo mais harmonioso e amoroso com o
mundo.
Além disso, o autoconhecimento é a experiência principal dessa
atividade, seguido de relaxamento, mas também de melhora na concentração para
tarefas cotidianas. A organização das ideias se torna mais fácil, os
pensamentos mais transformadores são escolhidos, deixando de lado aquele
excesso de assuntos que temos e que nos tira de nossos propósitos e objetivos.
Propósito é uma das palavras que a escrita meditativa usa com constância.
Escrever com essa conexão mais sincera e orgânica, mostra o caminho a seguir
sem desgaste. Essa forma de escrita funciona pelo fluir e com a energia do
descomplicar.
Momentos destinados a essa
experiência criam ainda um mecanismo de desabafo e de posterior leveza.
Expressamos sentimentos de forma consciente e propondo sempre uma melhoria. Com
constância, a escrita meditativa passa a mostrar efeitos em nosso cotidiano,
seja no trabalho, nas conversas diárias, na interpretação de textos e leituras
de notícias e no próprio pensar mais silencioso.
Valéria Amores
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