Casos comportamentais são os que demoram mais tempo a resolver
Edje, de 12 anos, foi atropelado e ficou com graves lesões nos membros traseiros. Fátima Correia encontrou-o na berma de uma estrada, durante uma viagem que fez à Venezuela, e resolveu acolhê-lo. Recorreu a diversas especialidades da medicina veterinária, mas a agressividade de Edje, principalmente, para com outros animais, era um dos problemas que não melhorava. “Ele destruía-nos, literalmente, a casa toda. Procurámos todo o tipo de ajuda e a situação foi evoluindo, num crescendo de destruição”, conta.
Após ter conhecimento das terapias que Cláudia Mateus realiza, na loja “Shanti Pet”, no Porto, Fátima decidiu depositar a esperança de melhoria no reiki animal. A empatia entre animal e terapeuta foi logo notória, segundo explica, e as razões para o comportamento do cão também.
Edje começou a fazer reiki há cerca de dois anos. “Deixou de ser destrutivo, tão territorial, consegue coabitar com qualquer outro animal, desde que o espaço dele seja respeitado”, garante ao JN. “A questão da dor, acho que também consigo gerir sem aplicar qualquer tipo de fármaco”.
Cláudia Mateus revela que chegam até ao seu espaço “muitos casos terminais, situações de animais com graves problemas de fígado, por exemplo”, com tumores, mas também “animais velhinhos” e “vários casos comportamentais” – que são, normalmente, os que demoram mais tempo a ficarem resolvidos.
Voluntários ajudam cães em associações
As bases do reiki estão na transmissão da energia universal, através do chacra das mãos. Quando é realizado de forma presencial, o toque em determinadas zonas do corpo do animal é um aspeto importante. “É o animal que determina o reiki de que necessita e que quer receber”, explica Eugénia Carvalho, uma das coordenadoras do Núcleo Regional de Braga da Associação Portuguesa de Reiki.
“Reiki 4 Pets” é o nome do projeto criado por este núcleo em 2017 e composto por voluntários que realizam sessões de reiki animal presenciais e à distância. Quando é feito à distância, as intenções para o animal são escritas pelos voluntários, guardadas numa caixa e é enviada a energia.
Os pedidos de terapia a qualquer tipo de animal chegam até aos voluntários do núcleo através de mensagens privadas na página de Facebook e vêm de todo o país, mas também do Brasil, como conta Eugénia Carvalho.
Estes voluntários realizam, muitas vezes, sessões em associações de animais, que têm parceria com o projeto. Aí, Manuela Pereira, responsável pela iniciativa, explica que resulta melhor o reiki à distância, que “tanto pode ser feito a partir de casa, como pode, por exemplo, alguém estar aqui e enviar energia para um grupo de animais, ou até mesmo em frente às boxes”.
A “Abandoned Pets” é uma das associações de Braga que recebe voluntários do projeto, que tem tido efeitos, por exemplo, na Maggie, uma cadela com 15 anos que “não se levantava e tinha muitas dores”, segundo conta Manuela.
No entanto, a responsável por esta associação, Eduarda Palmeira, sublinhou que, primeiro, recorrem à medicina veterinária. “Depois, complementamos com as terapias de reiki, com a parte energética porque temos a certeza de que ajuda bastante a melhorar o estado de saúde dos animais”.
Fonte: JN /Ana Regina Ramos e Rita Neves Costa
Descobre os conteúdos exclusivos para os associados no nosso site www.associacaoportuguesadereiki.com |