E quando dizem que Reiki é charlatanice?
E quando dizem que Reiki é charlatanice?

E quando dizem que Reiki é charlatanice?

Muitas pessoas encaram Reiki como benéfico para a sua vida, muitas pessoas encaram Reiki como charlatanice. E porque é importante existirem estas duas perspectivas?

A importância da crítica e do julgamento errado – chamar charlatanice à prática de Reiki

Todos queremos ter razão e de alguma forma achamos que o que sabemos é que está correcto, a forma com que agimos é que está correcta e se fossemos nós a mandar em tudo, tudo funcionaria – tudo isto está muito longe da realidade. A humanidade só consegue crescer e desenvolver através da sua interdependência, ou seja, através da vivência de uns com os outros, compreendendo que assim tudo faz mais sentido. Nessa perspectiva, compreendemos a importância das diferentes opiniões.
Claro que todos gostamos de ouvir boas palavras de encorajamento ao nosso trabalho ou até agradecimentos, mas o que poderemos fazer com a crítica, com o julgamento errado ou até mesmo com os comentários inoportunos?
Mesmo que tentes fazer tudo certo, nunca conseguirás agradar todos, por isso sempre receberás críticas. Essas críticas são muito importantes porque irão ajudar-te a convergir ainda mais para o teu propósito e a fazer ainda melhor. Não leves a crítica a peito, considera-a como um instrumento muito importante para o desenvolvimento do que fazes, em qualquer campo da tua vida, incluindo a prática de Reiki.
Se fazem um mau julgamento do teu trabalho e das tuas intenções então observa, como se fosses outra pessoa, como tem estado a ser o teu comportamento, o que transpareces para fora, quais as tuas reais intenções e sentimentos. Por vezes pensamos que estamos a agir de uma forma, mas a mente, o coração, ou mesmo o corpo pode estar a divergir do que realmente queremos. É por isso que a prática meditativa no Reiki (por exemplo com o Hatsurei-ho) é tão importante.

Reiki é charlatanice?

A charlatanice é um engano, uma fraude e manipulação e é praticada por uma pessoa. A pessoa sim, pode ser um burlão que faz da sua prática uma charlatanice.
Uma coisa será criticar Reiki, ou mais correctamente o Usui Reiki Ryoho, daí a importância de sabermos dar o nome às coisas e outra será criticar os seus praticantes.
Por si, o método não tem qualquer tipo de condição que leve a uma crítica por charlatanice. É uma filosofia de vida com valores universais, daí ter praticantes de todas as religiões e espiritualidades; É uma prática terapêutica do campo energético, aqui sim é preciso ter alguma sensibilidade sobre o que é a energia vital; É um método composto por 21 técnicas que abrangem a meditação, terapia e desenvolvimento pessoal. E o Mestre Usui ainda indicava que a nossa missão é “Guiar para uma vida pacífica e feliz…”. Portanto, há quem goste do método e há quem não goste, mas por si, não contém quaisquer condições que levem a dizer que promove o engano e a burla, muito antes pelo contrário, promovem a harmonia, confiança, gratidão, honestidade e bondade.
Falando dos praticantes, aí sim já alguém poderá apontar o dedo pois a sua interpretação e aplicação prática do método é que pode levar à charlatanice. Esta poderá ser inconsciente, talvez por estarem a praticar apenas o que aprenderam e podem ter aprendido mal, ou então por colocarem as suas crenças à frente dos ensinamentos isentos. Por outro lado, a charlatanice pode ser consciente, o que leva a entender que o pressuposto praticante não quer saber dos valores e indicações do método, mas unicamente do seu propósito sabendo que não está a dar ao seu cliente/utente o que ele requer, mas sim o que ele (“terapeuta”) quer. Isto pode ser feito de muitas maneiras. Reiki promove o bem-estar, então podemos deixar-nos iludir por “palavras bonitas” na comunicação, o que depois é contrariado pela realidade prática. Podemos também iludir-nos pelos cursos, procurando uma aprendizagem e no fim sair com algo que nada tem a ver, ou sem um acompanhamento correcto. Podemos procurar uma terapia do campo energético, que segue a ética e as técnicas próprias e acabamos a falar com “espíritos”, a resolver magias, a tirar a roupa ou outras coisas.
No infinito campo das terapias e dos conceitos, tudo é possível, mas deve ser aplicado e enquadrado nos seus campos próprios. Se alguém gosta mais de contactos com espíritos e lidar com magia, tem outras especialidades, não Reiki. Se alguém gosta de tirar a roupa aos pacientes, pode ir para as áreas das massagens, nunca à prática de Reiki. Se ainda procura outro tipo de situações que sejam para prejudicar outros, ou para apenas ouvir o que quer ouvir, também não será na prática de Reiki.
O Usui Reiki Ryoho é exigente, é uma prática que puxa por nós que nos leva a querer melhorar em todos os sentidos daquilo que somos e vivemos. Como prática terapêutica é passiva, ou seja, não se “empurra” vitalidade para ninguém, é preciso que a pessoa queira e que tenha condições para tal.
Vale a pena aprender com as críticas, com os maus julgamentos e até mesmo ataques, eles ajudam-nos a saber enquadrar muito bem o nosso caminho e a indicar correctamente o que fazemos. Há de tudo para todos, mas temos sim que saber bem o que andamos a fazer e a chamar as coisas pelos seus nomes certos. Não querer ser terapeuta de Reiki porque é mais fácil de vender serviços que nada tem a ver com Reiki, mas sim por querer crescer num caminho que tem tanto para nos dar.