O Mestre Usui indicava que devíamos tratar a pessoa sempre até ao fim. Mas será que acompanhar um caso terminal é fácil para um praticante de Reiki?
Reiki nos casos terminais – um processo de coragem e coração
Se muitas vezes se torna difícil encarar algumas situações que surgem em contexto terapêutico, as de casos terminais tornam-se sempre exigentes, por muito que se pense que se conseguirá ultrapassar.
A aplicação de Reiki num caso terminal não é feita na expectativa de uma cura, mas sim num processo de auxiliar a pessoa no alívio da dor, no seu conforto ou mesmo na paz interior. Alguns familiares de pacientes procuram mesmo a terapia exatamente nesse contexto, para o conforto e paz interior.
Numa situação de caso terminal, também aqueles que rodeiam a pessoa deviam receber Reiki, para que também eles pudessem estar em equilíbrio e harmonia, assim como terem um outro entendimento das suas emoções e uma melhor gestão do stress.
E depois o terapeuta?
O terapeuta é uma pessoa como outra qualquer, com emoções e pensamentos. Seguir alguém até ao fim tem para nós um grande impacto, pois não é fácil lidar com as percepções de energia que se vai tendo ao longo do tempo. E depois? Depois fica um vazio, a pessoa a quem entregamos, com quem partilhamos, partiu e nós ficamos, assim como a sua família.
Surgem as perguntas. Terei feito o suficiente? Porque não fui mais vezes? E se fossemos muitos a fazer… talvez? Sim, surgem sempre muitas perguntas e por muita teoria que tenhamos em nós, o nosso coração mostra sempre o seu pesar.
Cada pessoa que parte é uma pessoa que parte.
Por isso mesmo, também o próprio terapeuta deve receber Reiki, deve colocar as suas emoções e pensamentos em perspectiva e até enviar Reiki para as situações que sente.
Tratar de alguém com doença terminal é um acto de humanidade e por isso mesmo a energia sempre te há-de agradecer. Esta é a melhor homenagem para todos os que podem auxiliar alguém com doença terminal.
Se tu és praticante de Reiki e sentes que não o consegues fazer, não te preocupes, encaminha essa pessoa para outro colega, cada um tem um papel e todos somos importantes, não há ninguém melhor que outro, todos fazemos parte da mesma energia que nos traz vitalidade e que em certa altura nos deixa de alimentar.