As terapias de cura pelo toque são práticas ancestrais muito em voga nos tempos atuais, sendo o Reiki a mais conhecida. De acordo com a International Association of Reiki Professionals (IARP), o Reiki é «uma energia de cura subtil que usa uma força vital espiritual praticada em todos os países do mundo». Embora o Reiki seja de natureza espiritual, ele «não está associado a nenhuma religião ou prática religiosa.»
Cada vez mais clínicas e hospitais oferecem Reiki como terapia complementar para diversas doenças e condições de saúde. Os que recebem tratamentos de Reiki relatam alívio dos sintomas de inúmeras patologias, incluindo as do foro mental. Pesquisas mostram que o Reiki atua principalmente no alívio do stress, da ansiedade e da depressão, bem como no alívio da dor crónica.
Estudos sobre Reiki
Atualmente existem resultados suficientes de pesquisas que comprovam a eficácia do Reiki em diversas áreas da saúde.
O The Center for Reiki Research examinou alguns desses estudos segundo o processo denominado Touchstone, um método único e rigoroso de análise de estudos científicos usando Reiki, cujo objetivo é produzir um conjunto de resumos importantes derivados de um processo consistente e imparcial.
Para além destas pesquisas, vários estudos sobre Reiki demonstram os seus efeitos na saúde mental. No Reino Unido, o mestre de Reiki Joe Potter liderou uma investigação acerca da eficácia do Reiki. Na plataforma PubMed, pode encontrar-se igualmente dezenas de estudos que envolvem Reiki ou métodos de cura pelas mãos.
Nestas pesquisas, os tratamentos de Reiki produziram sinais claros de redução do stress, verificados pelas alterações das medidas autónomas e biológicas, como os batimentos cardíacos (Baldwin, Wagers and Schwartz, 2008) e informações celulares (Baldwin, Wagers and Schwartz, 2006).
Foram ainda levadas a cabo investigações de práticas de Reiki em animais que mostraram a sua eficácia.
Efeitos demonstrados do Reiki sobre o Stress, a Depressão, a Ansiedade e a Dor
Um estudo com enfermeiras com Síndrome de Burn-out (Diaz-Rodriguez et al., 2014) revelou que os tratamentos de Reiki induziram estados de relaxamento significativo através de indicadores biológicos.
Outro estudo com pacientes vítimas de Síndrome Coronária Aguda (Friedman et al., 2011) registou indicadores fisiológicos de estados de relaxamento importantes aquando os tratamentos de Reiki.
Já Shore (2004) seguiu pacientes que sofriam de depressão ligeira e stress. Depois de seis semanas de tratamento e durante o ano que se seguiu, aqueles que receberam Reiki mostraram melhorias na depressão e nos estados de stress a curto e a longo-prazo.
Motz (1998), por sua vez, comprovou a total eliminação da típica depressão pós-operatória da cirurgia cardíaca em doentes que receberam Reiki durante a operação.
Dressing and Sing (1998) descobriram que o Reiki alivia níveis importantes de dor em doentes com cancro, assim como ansiedade e depressão. Nestes doentes, o Reiki mostrou-se eficaz ao melhorar a qualidade do sono, o relaxamento e a sensação de bem-estar a curto e médio-prazo.
Em doentes submetidos a histerectomia abdominal, o Reiki ajudou a reduzir a dor e a ansiedade (Vitale and O’Conner, 1998).
São vários os estudos que concernem o Reiki e os seus efeitos e verifica-se que esta terapia complementar está a tornar-se comummente aceite em clínicas e hospitais. Só o site The Center for Reiki Research lista cerca de 70 instituições onde se pratica Reiki repartidas entre os Estados Unidos, o Reino Unido, o Canadá, a Bélgica e a Argentina.
O Reiki é considerado um método eficaz e de custo reduzido para melhorar a saúde e a qualidade dos tratamentos que médicos, enfermeiras e corpo profissional da saúde começam a adotar no seu trabalho. A validação científica da eficácia do Reiki tem contribuído para o reconhecimento desta prática que ajuda pacientes a nível físico e mental.