Quando não temos outros métodos de auxílio imediato e nos socorremos com Reiki… A aplicação de Reiki em Animais
Numa tarde amena, a Anocas vai fazer o seu passeio habitual pelo campo.
A Anocas é uma Dogue Alemã com insuficiência cardíaca valvular e, na altura, com os seus belos 10 aninhos.
Nessa tarde, estava muito vivaça e com manifestações de alegria como se se tratasse de uma cachorra. Típico dos animais velhotes, que por vezes parecem voltar à tenra idade.
Na volta de regresso, a Anocas passa por um rebanho de ovelhas, o que para ela funciona como elixir da juventude. O olhar fixo das ovelhas, juntamente com o som dos badalos das suas coleiras e se, por fim, começarem a correr, deixam-na num estado de êxtase.
Quando se encontrava a chegar à urbanização para o regresso a casa, avista um pónei junto à vedação a olhá-la fixamente, e para potenciar o estado efusivo da Anocas resolve relinchar à sua passagem.
Então, quando a Anocas é chamada para se enquadrar comigo em posição de “junto”, dá três passos num ladear em diagonal com olhar fixo e cai em bloco lateralmente, só me sendo dado tempo de inclinar a minha perna e colocar uma mão na sua cabeça para lhe amortecer a queda no asfalto.
O seu corpo ficou em decúbito lateral estrito e encontrava-se hirto.
Desenvolveu de imediato uma crise convulsiva, com espasmos nos quatro membros e excreção de secreções por via oral. Seguiu-se um estado de imobilidade acompanhado de apneia prolongada, mas consegui-lhe palpar pulso femoral, pelo que não se encontrava em paragem cardíaca e daí eu não ter iniciado manobras de reanimação. Recuperou os movimentos ventilatórios, mas manteve o seu corpo completamente imóvel.
Sem qualquer outro recurso no local, enraizei-a e coloquei uma mão no crânio e outra na raíz da cauda. O fluxo de Reiki era tão intenso e luminoso, que senti como que uma queimadura no centro das mãos.
Passados, aproximadamente, 5 minutos a Anocas começou a mexer as pálpebras e a tentar levantar a cabeça. Então, retirei as minhas mãos devagar e dei-lhe a ordem “de pé”, que ela reconheceu e tentou cumprir, mas sem sucesso. À segunda ordem “de pé”, mais vigorosa e com uma mão no peitoral e outra no abdómen, conseguiu levantar-se, após o que me olhou nos olhos, lambeu-me o nariz e a boca e abanou a cauda. Dei-lhe ordem de “junto” e “casa”, pelo que prosseguimos devagar até casa, aproximadamente 5 minutos de caminho.
Durante o caminho falei com o Médico Veterinário, que referiu que a Anocas devia ter tido dois picos hipertensivos (1º com as ovelhas, 2º com o pónei) ao que se seguiu um quadro de lipotímia com crise convulsiva associada, e que a deixasse descansar mantendo a vigilância.
Chegada a casa, dei-lhe ordem de “vai deitar” (para que se pudesse deitar à vontade, em vez do “deita” de obediência em posição de esfinge) e fiz-lhe Reiki cumprindo os vários posicionamentos de acordo com os seus chacras, durante cerca de 30 minutos. A Anocas adormeceu logo após os primeiros 5 minutos, e assim permaneceu até à hora do jantar, numa recuperadora sesta à qual eu me juntei e ali ficámos de pata e mão dada.
Quando acordou estava muito bem disposta, a fazer brincadeiras com as patas a tentar abraçar-me, o que é comum na Anocas, e cheia de apetite.
Hoje, a Anocas encontra-se a caminho dos seus 12 aninhos, e continua uma “dinossaura” muito feliz e repleta de muito Amor e muito Reikinho.
Fiz recurso às ordens que ela conhece com entoação vigorosa com o intuito de a chamar à realidade e procurar a sua reactividade, e apliquei o que sabia sobre Reiki na altura com o meu nível 1.
Muito obrigada ao Universo e eternamente grata,
Cátia Fernandes.
Artigos relacionados
João Magalhães
A Associação Portuguesa de Reiki é uma Associação sem fins lucrativos para o apoio a praticantes de Reiki e esclarecimento sobre o Reiki em Portugal.