Reiki e a morte é um tema que merece e deve ser abordado. Praticantes de Reiki que tratam de pessoas com doenças de risco e terminais, ou mesmo que tratam pessoas de idade que estão já no seu final de percurso, muitas vezes deparam-se com este momento – o fim.
A morte e a forma de lidar com ela, poderá depender muito da crença de cada um. Isso é pessoal e não pode ser generalizado. Para uns, a morte é apenas uma transição – o fim do corpo físico e um novo percurso do espírito. Para outros, é a mudança de estado que irá levar a uma nova vida, que dependerá do karma. Outros podem ainda acreditar que nada acontecerá, é apenas o fim. O Reiki é para todos, não religioso, por isso o respeito é essencial e por ser simples, consegue enquadrar-se em qualquer pessoa.
Ao encarar a morte, a passagem, do seu paciente, o praticante de Reiki deve olhar para si e para o universo, para a vida. Tudo é uma passagem
Quem se dedica a uma ação de apoio a uma pessoa com doença terminal ou no seu final de vida, deve desenvolver em si grandes qualidades e um coração preenchido.
Reiki e a morte
“Nunca deixes que ninguém se despeça de ti sem sair melhor e mais feliz. Sê a expressão viva da gentileza de Deus: gentileza no rosto, gentileza nos olhos, gentileza no sorriso.” ~ Madre Teresa de Calcutá
O terapeuta não leva apenas Reiki à pessoa, leva-lhe dignidade, alegria, bondade, compaixão e amor universal. O seu coração deve estar pleno e a sua prática deve estar centrada no desapego. O desapego não é desligamento ou estar frio para com o outro, é saber onde começa e termina o “eu” de cada um. Ao estar preenchido por si mesmo, tendo amor incondicional e compaixão, o praticante sabe que está a dar o melhor que é possível para a pessoa e que o Reiki, enquanto energia passiva e de amor incondicional, irá atuar da melhor forma para os vários corpos da pessoa. Nunca devemos ter em nós a semente da esperança da cura milagrosa, ou de qualquer cura. Reiki atua segundo aquilo que é possível para a pessoa.
Preparar a família
Como a energia Reiki permite o equilíbrio dos vários corpos, por vezes auxilia no próprio processo de passagem. Todos conhecemos a expressão popular “as melhoras da morte”. É uma situação onde a pessoa aparentemente está bem, convive com a família e depois parte. O Reiki pode proporcionar esse estado. Digo pode pois nada deve ser interpretado de forma fixa, dogmática. O Reiki atua em cada um segundo aquilo que para ela é possível. Se a pessoa está em fase terminal, falem com a família sobre esta possibilidade do Reiki – proporcionar conforto para a passagem, como possibilidade. “Pode acontecer…”.
O que fazer no caso da passagem do paciente
Tenho conhecimento de alguns casos em que o praticante de Reiki assistiu à passagem do seu paciente enquanto lhe dava Reiki. Isto em casos de pessoas e mesmo animais. Deixo alguns conselhos para estes momentos:
- Fala com a família da pessoa que estiveste a acompanhar, partilha a tua vivência com ela e reconforta-os na sua perda e dor, sem te apegares.
- Fala com o teu Mestre e os teus companheiros de caminho, juntem-se e partilhem a experiência. Isso dará conforto e apoio.
- Recebe Reiki, para que te equilibres.
- Pratica Reiki, desapega-te da situação. Deste o teu melhor, agradece pela oportunidade de teres levado amor incondicional a quem precisava.
- Envia Reiki para a situação e para a pessoa que partiu, que a energia universal a possa iluminar no seu novo percurso, se assim o sentires.