Reiki para animais – Patinhas de Luz a crescer em Santa Maria da Feira
Os animais são nossos amigos e companheiros, uma fonte de amor e companhia. O amor que lhes é dado, é também uma expressão do Reiki para animais. Cátia Duque, coordenadora do núcleo de Santa Maria da Feira, explica-nos o seu projecto de Reiki para animais – Patinhas de luz, desenvolvido na Clinivet e Ani São João.
Há quanto tempo iniciaste o projeto Patinhas de Luz e o que ele representa?
O Projeto Patinhas de Luz nasceu em Março de 2012, com a colaboração da Clinivet – Clinica Veterinária de Santa Maria da Feira, com a Drª Adriana Prata, médica veterinária e proprietária da Clinivet. É um voluntariado em Reiki, ligado ao cuidado com os animais, onde podem beneficiar com esta terapia, ajudando a melhorar a sua saúde, recuperar de doenças, traumas e cirurgias. Os animais são muito importantes para nós, assim como a sua recuperação e bem-estar. Esta colaboração foi o cimentar de um sonho meu e a ponte para mais voluntariado com animais. Por isso mesmo, crescemos e iniciamos oficialmente voluntariado, no início de 2013, na Ani São João, através da nossa voluntária Isabel Neves, mais um local onde este projeto cresce e se consolida. A Isabel é uma reikiana muito especial, vocacionada para o cuidado aos animais e nela me revi, no contacto com os mesmos.
Tratam que tipo de animais, com Reiki?
Em ambos os locais, tratamos maioritariamente cães e gatos. Também temos o Reiki para cavalos, noutro local, mas é mais específico, apesar de ser uma experiência igualmente desafiante e enriquecedora.
Achas diferente tratar os animais que estão na Ani dos que costumam estar geralmente em casas?
Damos reiki em clinicas veterinárias, sendo que os da Ani São João também são tratados numa clinica, logo o contexto é diferente de uma casa. Os animais por si só já podem encontrar-se assustados, desorientados, estão num ambiente que não conhecem. O nosso trabalho não é só dar reiki, é saber comunicar com eles, tranquiliza-los e, acima de tudo, estarmos de coração aberto para eles. Os animais são muito sensitivos e frontais. Confiar em alguém que não conhecem, principalmente se vêm de um ambiente de rua, de abandono, de violência, de fome, … é muito complicado. Por isso, costumo dizer: é 50% Reiki + 50% Amor. E isso nem sempre é fácil, é preciso sentir esta entrega, senão é difícil confiarem em nós.
Qual a diferença, para ti, de tratar um animal ou uma pessoa?
Os animais, em geral, são mais abertos à terapia do que as pessoas, são mais sensitivos também, sobre a energia e sobre nós, terapeutas.
Percebem bem quem têm à sua frente e respondem em conformidade, são diretos e genuínos, por isso nem sempre os terapeutas se sentem preparados para estar com os animais.
As pessoas não se entregam com tanta facilidade à terapia, pelo menos inicialmente. Às vezes estão em conflito, entre a vontade de ficarem bem e o medo de acreditar, de se abrirem, têm mais bloqueios sobre o seu processo de cura.
Trabalhar com os animais, ensina-nos muitas coisas, assim como trabalhar com pessoas, ensina-nos principalmente a sermos mais compassivos, e isso estende-se a todos os seres vivos.
Quais os efeitos do Reiki para animais?
Nos animais, tem-se notado que recuperam mais rápido e melhor de cirurgias e outros procedimentos médicos; além de estarem muito mais tranquilos antes dos exames ou cirurgias, se receberem reiki. As dores e outros sintomas também são atenuados, a ansiedade diminui, aumentam o apetite, assim como se dá desintoxicação física. Também há situações em que estão muito mal e a prioridade torna-se dar-lhes alguma qualidade na sua partida, e isso é visível.
Descreve um dos casos mais marcantes que tenham tido?
Já houve situações críticas, situações em que o animal estava numa fase em que podia sobreviver ou não, onde, a nível medico, já tinha sido feito tudo o que era possível, complementamos com reiki, e o animal sobreviveu.
Já houve situações em que animais que não toleravam ser tocados, nem em casa aceitavam mimos, podendo ser agressivos, aceitaram o reiki, acalmaram e passaram a mimar e a pedir mimos. Mudanças muito profundas e positivas.
Mas também já houve situações em que encontramos animais já a morrer e o nosso trabalho foi dar-lhes alguma tranquilidade nesse momento. Aí o reiki também ajuda, no alívio do sofrimento no momento da partida. Nem sempre é fácil suportar isso, quando temos uma situação assim, porque a nossa vontade é que estejam bem, que recuperem. Mas percebemos que tudo segue um curso e o nosso é auxiliar o animal, seja em que circunstância for.
Ainda assim, crescemos muito estando com eles. Temos mesmo de abrir o nosso coração a eles e de certa forma, também nos ajudam com isso.
Achas que este tipo de terapia complementar devia estar em clinicas veterinárias?
Sim, sem dúvida. O reiki ajuda a terapia médica, complementando-a em vários níveis. Ajuda o animal a estar mais tranquilo e recetivo aos tratamentos, ajuda-o a recuperar mais fácil e rapidamente, ajuda-o a aliviar dores e outra sintomatologia e é uma nova forma de comunicar com estes seres tão especiais.
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CONTACTOS
Núcleo de Santa Maria da Feira
reiki.em.movimento@gmail.com
http://reikiemmovimento.blogspot.com
Vício das Letras — Livraria e Actividades Culturais Lda.
Clinivet – http://clinivet.aclinicaonline.com/
Ani São João – http://aasjm.blogspot.pt/
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João Magalhães
A Associação Portuguesa de Reiki é uma Associação sem fins lucrativos para o apoio a praticantes de Reiki e esclarecimento sobre o Reiki em Portugal.