Como aprender Reiki e com quem. A motivação, os sistemas, o percurso. “Como escolher um Mestre de Reiki visa o esclarecimento e auxílio aos futuros alunos de Reiki. É uma perspetiva que pretende elucidar os alunos para as questões a que devem ter em atenção, para iniciarem o seu percurso no Reiki e também uma forma de auxiliar os Mestres na correta divulgação do seu trabalho, auxiliando na credibilização desta terapia complementar e integrativa e filosofia de vida.
Queremos deixar a ressalva que a designação de “Mestre de Reiki”, vem do termo japonês “Sensei”, que significa Mestre. Não há qualquer grau académico no ensino de Reiki.
As questões a baixo identificadas são resultado de alguns pedidos de informação que fomos recebendo ao longo do tempo e como tal torna-se necessário que este tipo de esclarecimento seja providenciado.
Como sei que me identifico com o Reiki?
A opção de estudar e praticar Reiki parte exactamente dos mesmos princípios de outra disciplina curricular que se escolhe como complemento para o nosso saber ou profissão. Algumas questões que o aluno pode fazer a si mesmo:
- Que intenção me motiva a aprender Reiki?
- Quais os meus objetivos de aprendizagem?
- O que irei fazer com esse conhecimento?
- Quem serei capaz de tratar com Reiki?
O Reiki parte de pressupostos que levam a olhar o homem de uma perspetiva holística, ou seja, um olhar para o homem como um todo, um Ser com corpo, mente, emoções, essência e uma construção energética. Reiki não é uma religião nem está ligado a uma religião. Os seus cinco princípios são linhas condutoras para a boa construção do praticante de Reiki e uma ótima base para o despertar e crescimento da consciência. Estes cinco princípios também nos ensinam que o Reiki assenta sob uma base chamada “Amor Incondicional”, ou seja, a capacidade de dar sem esperar receber. Este “Amor Incondicional”, aplicado ao Reiki, é o que se traduz na capacidade do aluno poder praticar Reiki livre de preconceitos.
A outra vertente do Reiki é a terapêutica, parte de uma prática a que se chama auto-tratamento, onde o aluno aprende a aplicar o Reiki em si mesmo. Esta prática não impede o surgimento de doenças mas torna o nosso corpo energético mais equilibrado e mais capaz de responder à doença. A partir do momento em que o aluno se encontra com o conhecimento suficiente para tal e com permissão do seu Mestre, pode aplicar Reiki em outras pessoas. A prática terapêutica é considerada segura dentro dos moldes definidos no ensino do primeiro nível, o tratamento do corpo físico e o seu equilíbrio energético.
Em resumo, podemos encarar o Reiki como uma prática terapêutica, complementar, com uma filosofia de vida refletida pelos seus cinco princípios.
Assim como numa disciplina curricular, também o Reiki pode ser mais ou menos interessante dependendo do Mestre que o ensina e da própria predisposição do praticante.
Que informações pedir ao Mestre de Reiki?
Compreender a extensão do curso
O Reiki, dependendo do sistema que se escolha, divide-se em três ou quatro níveis. Partimos da base do Reiki Tradicional onde há:
- Nível 1 – Trabalha-se ao nível físico
- Nível 2 – trabalha-se ao nível emocional e mental
- Nível 3A – Nível de Mestre
- Nivel 3B – Nível de professor o Mestre é ensinado a ensinar
Se for o Essencial, temos:
- Nível 1 – Trabalha-se ao nível físico
- Nível 2 – trabalha-se ao nível emocional e mental
- Nível 3A – Nível de Mestre, é ensinado a ensinar
Não existem sistemas melhores ou piores e pode até ser opção do Mestre, num curso de Essencial, dividir o seu nível 3.
Sistema de Reiki que será aprendido
Uma questão importante que deve ser feita é qual o sistema de Reiki que será ensinado?
- Estão identificados dezenas de sistema de Reiki
- O aluno deve compreender na totalidade o que o sistema que irá aprender pretende atingir e que tipo de ferramentas estarão ao seu alcance.
- Alguns sistemas têm apenas uma base do Reiki Essencial sendo depois complementados com outros conhecimentos, que resultam num sistema com informação, por vezes, bastante diferente de sistemas mais conhecidos como é o caso do Tradicional e o Essencial.
Sistemas mais comuns:
- Tradicional
- Essencial
- Jikiden Reiki
- Reiki Tibetano
A aprendizagem
Partindo destes pontos o futuro aluno pode tentar perceber com o Mestre, como se desenrolará a sua aprendizagem:
- Qual a duração em horas ou dias da sintonização de cada um dos níveis?
- Quanto tempo será o seu percurso em cada nível?
- Que condições necessita para passar para o nível seguinte?
- Que acompanhamento terá com o seu Mestre?
- Haverá encontros regulares para dúvidas?
Custo de formação
O custo de formação em Reiki é variável, depende de nível para nível e do contexto económico da localidade, ou seja, numa vila do interior é provável que não se encontre o mesmo valor que numa cidade grande. O preço não é um sinónimo de qualidade garantida, pelo que é sempre aconselhável ao aluno pedir uma pequena entrevista para validar se o percurso que irá escolher se enquadra nas suas expectativas.
Localização
Aprender perto da sua área de residência/trabalho pode ser um factor que auxilia à continuação do estudo, no entanto não é inválido o aluno escolher um Mestre que esteja longe da sua localidade, garantindo, no entanto, o acompanhamento pelos meios de comunicações disponíveis.
Ao nível do acompanhamento, o aluno não pode esquecer que irá praticar Reiki em si e nos outros, pelo que deve necessitar de orientação na posição correcta das mãos e no entendimento das dúvidas que, naturalmente surgem no processo.
Material Educativo
Tipicamente o aluno recebe um manual do nível correspondente a que está a aprender. Esse manual pode ser divido, dependendo da matéria que está a aprender e como tal irá ter acrescentos ao longo de toda a aprendizagem ou pode ser completo, contendo toda a informação necessária ao curso.
Eventualmente será dada informação complementar ao aluno, como o estudo do corpo energético do Homem (chakras ou meridianos), técnicas tradicionais, outras técnicas de Reiki, meditação e outro tipo de informação que seja complementar ao estudo do Reiki.
Outras perguntas frequentes
Aprendi Reiki com um Mestre e agora gostava de mudar
Segundo alguns inquéritos encontramos três situações típicas
1) O novo Mestre pede que recomece a aprendizagem desde o nível I
2) O novo Mestre aconselha uma reciclagem do nível ou níveis anteriores
3) O novo Mestre aceita a aprendizagem do novo aluno e ensina o novo nível
Nestes três pontos, que são as práticas mais comuns, queremos ressaltar a importância de garantir, por parte do Mestre, o conhecimento adquirido do novo aluno. Verificar o que sabe, o que pratica, como pratica. Tal é essencial para uma boa e sustentada formação em Reiki.
O novo Mestre pede que recomece a aprendizagem desde o nível I
Alguns Mestres e Escolas pedem ao aluno que recomece com eles toda a sua aprendizagem desde o nível I, tal acontece, não por invalidar o conhecimento do Mestre anterior mas pela necessidade de garantir que o aluno segue o conhecimento e os métodos aconselhados pelo Mestre. O mesmo pode acontecer quando se pretende aprender um sistema diferente.
O novo Mestre aconselha uma reciclagem do nível ou níveis anteriores
Define-se “reciclagem” como a participação num curso de nível anterior ao pretendido e a uma revisão de todo o conhecimento e prática do aluno. Esta reciclagem tanto pode ser gratuita, inserida num curso como pode ter um valor previamente acordado.
O novo Mestre aceita a aprendizagem do novo aluno e ensina o novo nível
Neste ponto o novo Mestre aceita os conhecimentos e práticas do seu novo aluno e passa-lhe a instrução necessária para o nível seguinte.
Existe algum código de conduta para Mestres?
É intrínseco num Mestre haver um código de conduta no seu ensino, no entanto a Associação Portuguesa de Reiki criou um Código de Ética para Mestres/Professores de Reiki cujos associados se comprometem a seguir. Este código é um conjunto de linhas orientadoras que visa auxiliar o Mestre num ensino sustentado e com as condições necessárias à boa prática do mesmo.
[box type=”info”]Podem ler o PDF no site da Associação, aqui…[/box]
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