Em que circunstância surgiu a ideia de escrever o livro REIKI, GUIA PARA UMA VIDA FELIZ, publicado em março de 2016?

Consolidei este conceito em março de 2015, quando estava nos jardins do Palácio Imperial, em Tóquio. Alguns conteúdos tinham já começado a ser preparados antes, orientados para a vivência da filosofia de vida no Reiki. Nessa data, também se consolidou a ideia do tema central – uma atitude de montanha e de bambu. A forma como surgiu o nome e o conceito do livro é mais uma prova, para mim, de que tudo tem um tempo próprio e que o acumular de saberes e condições é que torna possível um dado momento. O livro foi construído como uma ferramenta de apoio à prática da filosofia de vida e foi isso mesmo que senti.

De que forma este livro difere de O GRANDE LIVRO DO REIKI, publicado em 2015?

O Grande Livro do Reiki é um manual para todos os níveis, com os conhecimentos essenciais e aprofundados das técnicas para a nossa progressão e vivência no Usui Reiki Ryoho. Este novo livro traz a profundidade da filosofia de vida e um toque especial da perspetiva japonesa do Reiki. Felizmente, ao longo deste tempo, fui adquirindo várias informações inéditas sobre o Mestre Usui, Hayashi e Takata, que geralmente partilhamos entre vários pesquisadores, da Austrália ao Canadá. É muito interessante ver esta partilha, que nem sempre é fácil nem acessível, mas que devia existir, principalmente entre praticantes de Reiki. Algo de incrivelmente único neste livro é que é o primeiro livro publicado onde estão referências ao Manual da Terapia Reiki da Associação do Mestre Usui. Então temos um livro com conteúdos absolutamente novos, que te trazem um reforço à filosofia de vida, à prática meditativa e ao crescimento de virtudes em cada um dos níveis de Reiki.

Em termos gerais, como pode definir o Reiki?

É a energia universal que nos vitaliza, que vitaliza tudo no universo. É um conceito estranho, mas que possivelmente faz todo o sentido à medida que vamos praticando. Reiki é como o vento, não vemos, apenas sentimos. Esta energia está em tudo, tanto no Universo como em nós mesmos. Quando praticamos o Usui Reiki Ryoho, aprendemos a trabalhar ainda mais com Reiki. Quanto mais praticamos, também elevamos a consciência e a nossa própria vibração. A mudança começa mesmo em nós.

Como é que o Mestre Usui influenciou a sua vida?

Tudo começou com uma questão – quem foi este homem que inventou o «Reiki»? Quem descobriu isto?

A partir daqui, compreendi que, para trabalhar o melhor possível, tinha que conhecer as origens. Assim, sempre que agradeço, incluo sempre a sabedoria do Mestre Usui. É alguém que me inspira porque teve uma vida de dificuldades como todos nós, mas foi à procura do seu caminho e, arduamente, com entrega, encontrou-o. As suas mensagens são profundas e simples – A Arte Secreta de Convidar a Felicidade; A melhoria do Corpo e da Mente; Os cinco princípios. Tudo isto é inspirador e faz-me todo o sentido. É por isso mesmo que agradeço tantas vezes pela sua sabedoria. O que seria de mim, como pessoa, sem o Reiki e os ensinamentos do Mestre Usui?

Quais são os três poderes que o Reiki reaviva?

Segundo os ensinamentos do Mestre Usui, Reiki reaviva-nos o poder natural da vida, o poder natural da nossa essência e o poder natural do corpo. Reiki ajuda-nos a compreender aquilo que nos rodeia e anima, assim como a compreensão da nossa própria essência e vitalidade do corpo. São considerados poderes, pela Usui Reiki Ryoho Gakkai, pois capacitam-nos. É o que se chama de empoderamento. É por isso mesmo que Reiki traz tanta transformação na vida. Na prática, há um poder para nos reanimar, mas resta a nós sabê-lo cumprir.

O Reiki é benéfico para todos? O que é que ele traz a quem o pratica?

Sim, Reiki, a energia, é benéfica para todos, assim como o método, o Usui Reiki Ryoho o é para todos. A grande questão está em saber interpretar os benefícios. Por exemplo, se eu tiver demasiadas toxinas dentro de mim, quer sejam físicas, mentais ou emocionais, Reiki irá trazer ao de cima essas toxinas, situações, para que possam ser tratadas. Para alguns, isso é assustador! Para outros, é algo incrível!

Podemos dizer que Reiki revela-nos o que há a mudar, Reiki comunica connosco. E, como em qualquer comunicação, precisamos compreender o que é comunicado, algo que nem sempre é fácil pois é uma interação interior. Praticar Reiki e receber Reiki poderá fazer toda a diferença. Além da energia, claro, vamos trabalhar a filosofia de vida que é aquela que trará a grande transformação à nossa consciência, promovendo a «melhoria do corpo e da mente».

De que forma paciente e praticante de Reiki se podem ligar?

Podemos considerar a ligação neste processo como algo entre três partes – praticante, paciente, energia. É um sistema que só pode funcionar com todos os vetores. O praticante é um recetor e emissor da energia; o paciente, utente, cliente, é um recetor e a energia é o que circula e permeia todos. Apesar de a prática de Reiki ser unidirecional, existe sempre uma comunicação neste sistema «triangular», que é feito entre as auras de cada um e a própria energia. Estas ligações auxiliam o praticante a perceber as questões que o seu recetor tem e de que forma aquele pode auxiliar com a energia universal, pois é esta que ele está a usar no momento. Técnicas como o enraizamento e, posteriormente, o banho seco poderão auxiliar a terminar essas ligações. Claro que a predisposição e força da consciência do praticante irá reforçar o desligar da situação.

Em que sentido é que os cinco princípios ajudam a desenvolvermos a atenção plena e consciente do momento presente?

Segundo as indicações do Mestre Usui, nos preceitos colocamos as mãos em gassho, ou seja, iniciamos um momento meditativo que, ao trabalhar com os princípios, se inicia com uma indicação preciosa – «só por hoje»! O que significa «o momento presente». Assim, a prática de Reiki não está na mesma linha do nosso conceito ocidental de fazer tudo ao mesmo tempo – atender o telefone enquanto escrevemos um email e ainda responder verbalmente a uma questão que a pessoa ao lado nos coloca. A filosofia de vida no Reiki pede-nos consciência, atenção, harmonia, com uma postura diligente, mas também bondosa. Ao praticarmos conscientemente os princípios, estamos mesmo a usar os seus ensinamentos e energia na nossa vida. Isso faz com que tudo mude, porque nós é que mudamos.

Se, no meio da «tempestade» diária, pararmos e recitarmos os princípios, vamos ter uma atitude muito diferente perante as situações. Não esperes que isto aconteça de um momento para o outro, é algo que demora tempo, por isso mesmo temos o quarto princípio. Desenvolveres a atenção plena com Reiki é tornares-te mais consciente das tuas necessidades e das necessidades dos outros, sendo compassivo e compreendendo que tudo necessita de harmonia e equilíbrio.

Usa frequentemente a expressão «ser forte como uma montanha e flexível como o bambu”. Pode explicar-nos o significado desta comparação e de que maneira o Reiki nos pode ajudar a cultivar a força e a flexibilidade?

Foram conceitos que fui sentindo muito na pele. A vida, o lidar com tantos praticantes de Reiki, cada um com as suas necessidades, dentro do seu universo próprio, requereu de mim grandes esforços. Por um lado, precisei de ser flexível, senão quebrava. Por outro lado, precisei de firmeza interior, caso contrário poderia ficar afetado pelas situações ou opiniões. Então tudo me começou a fazer sentido – precisamos de ser fortes como uma montanha e flexíveis como um bambu. Tudo isto se relaciona com a disciplina e a bondade. É uma frase que resume as virtudes dos cinco princípios.

O Reiki é muito mais do que impor as mãos e deixar a energia fluir. Refere que é uma entrega, uma rendição à força do Universo. Pode explicar esta definição?

Em várias situações muito complicadas, encontrei-me numa posição em que teria de optar – resistir e quebrar ou entregar, render e aceitar. Foram lições muito importantes para mim que me fizeram compreender a importância do Reiki. Quando estamos a aplicar Reiki em nós ou nos outros, temos mesmo que saber entregar. Não nos apegarmos tanto ao que não sentimos ou ao que sentimos, mas deixar a energia cumprir o seu trabalho. Assim como no nosso dia-a-dia, precisamos entregar-nos à vida! É incrível fazê-lo e sentir como tudo realmente tem um sentido próprio e que o nosso caminho tem que passar por atitudes de compaixão verdadeira. A felicidade faz sentido quando a cultivamos em nós e nos outros.

Atualmente o Reiki começa a ser comummente aceite em Portugal. Acha que o trabalho que desenvolveu até aqui tem contribuído para desmistificar crenças e preconceitos ligados a esta prática?

Felizmente não é só o meu trabalho, é o trabalho de imensa gente. Acredito mais ainda que cada pessoa é o Rosto do Reiki e, por isso mesmo, cada praticante tem em si uma imensa responsabilidade para a credibilização da prática. Por isso, tu mesma és parte deste trabalho.

Desmistificar as crenças e preconceitos é mesmo muito importante. São imensas as mensagens e emails que recebo de pessoas que tinham medo de praticar Reiki por acharem ou terem visto a prática associada a outras coisas. Com entendimento e esclarecimento, percebemos que Reiki está além de crenças e religiões, por isso é que todos o podem praticar.

Há cada vez mais praticantes e terapeutas de Reiki pelo país fora. Acha que é apenas uma moda ou que se trata realmente de um despertar da consciência?

Por muito que me falem em moda, este é um conceito que não consigo encaixar, muito possivelmente porque, se alguém o pratica por moda, irá deixá-lo de fazer ao compreender que Reiki vai além dos objetivos que pretende alcançar. Mas tocas num ponto muito importante: há mesmo cada vez mais terapeutas. Isso é muito positivo, mas quem o está a fazer tem que se lembrar que está a cuidar da saúde do próximo e, como tal, deve ter muita responsabilidade pelo seu saber e pela forma como pratica. Principalmente para não confundir Reiki com outras coisas. Assim como não vamos ao dentista para nos tratar do joelho, quando vamos a um terapeuta de Reiki esperamos uma prática de Reiki. A responsabilização faz parte do quarto e quinto princípios.

De que forma o livro REIKI, GUIA PARA UMA VIDA FELIZ pode ser um pilar na construção de pessoas mais conscientes e equilibradas?

Acima de tudo é uma partilha de vida. Não quero que ninguém pense que este É o Livro, nem pensar! E está muito longe disso, tanto que ainda me falta imenso de vivência com Reiki, mas acredito que aquilo que partilho pode dar ideias. Como se fossem pequenas sementes, essas ideias irão germinar com a prática, com o cuidado que lhe derem. Leiam neste livro aquilo que os Mestres Usui, Hayashi e Takata ensinaram, observem de que forma vocês podem crescer aplicando a filosofia de vida no Reiki, pois a verdadeira transformação é interior, não apenas colocando as mãos. Aprendam novas técnicas e dicas para a vossa prática quotidiana. É uma partilha que iremos realizar em conjunto. Podem sempre enviar-me emails com as questões que encontrarem.

Como se obtém paz de espírito na vida com a prática de Reiki?

É um trabalho constante e diário. A prática ajuda-nos a criar uma paz interior, uma consciência presente para todos os momentos. Quando algo surge que perturba a nossa paz e felicidade, não quer dizer que não fiquemos tristes ou magoados, mas na verdade a capacidade de compreensão e a força para levantar é muito maior. Começamos a compreender que, para termos paz, precisamos não só de a cultivar em nós mas também de parar de impedir essa mesma paz de estar com os outros. Somos nós que provocamos muitas situações na nossa vida com as nossas atitudes. Por vezes, mesmo querendo fazer bem, estamos a fazer mal. É por isso mesmo que a prática vai-nos trazendo consciência e essa sim, cultiva a paz de espírito na vida. A grande lição é que antes de querer aliviar o sofrimento de alguém, tenho que parar de fazer os outros sofrer.

Em REIKI, GUIA PARA UMA VIDA FELIZ, apresenta-nos os 125 poemas do Imperador Meiji que o Mestre Usui entoava na prática de hatsurei-ho. Quais os conceitos basilares destes poemas?

Compreendendo a cultura japonesa, o Imperador Meiji foi uma pessoa muito considerada e que tinha uma perspetiva muito própria para o crescimento do Japão. Muitas mudanças ocorreram no seu tempo. Não sabemos por que escolheu estes 125 poemas de entre mais de 10000, mas de fato eles têm um impacto muito construtivo em nós. Neste livro, fiz ainda um trabalho de divisão dos poemas por temas. Irás achar bastante interessante este conceito. Ao entoarmos os poemas ou refletirmos sobre as nossas questões com eles, encontramos a «voz amiga», o conselho que nos pode auxiliar. Além de que era uma prática que ajudava os alunos a encontrarem a mente vazia. Isto quer dizer que, se eles tinham que se concentrar em algo, que fosse nesse poema. Vale a pena experimentar. Começamos a sentir Reiki de uma forma diferente.

De que maneira estes poemas nos ajudam a refletir acerca da nossa vida e como é que podem contribuir para uma vida feliz?

Existe uma grande diferença entre ler de passagem e ler entranhando os conhecimentos que uma mente de «principiante» alcança. Assim como se te sintonizares com a energia, colocares a tua questão e escolheres um poema… verás como faz diferença. Por exemplo, ao refletir sobre esta entrevista:

108 — AMIGOS – Os amigos com quem se trabalha e se apoiam uns aos outros devem assumir a liderança do país.

É um poema que me leva a refletir sobre a escolha das pessoas com quem faço algum projeto. É mesmo algo de muito valioso e importante pois tudo o que fazemos tem energia. Se conjugarmos as energias certas, tudo dá certo. Vale a pena trabalhar com os poemas.

Considera o Reiki um caminho longo a ser traçado?

Sem dúvida que sim. Quanto mais pratico mais sinto necessidade de praticar. Quanto mais procuro, mais encontro e compreendo. Esta compreensão leva-me a perceber que Reiki é um caminho para mim que me preenche totalmente. Espero que cada praticante de Reiki encontre nesta arte secreta de convidar a felicidade uma forma de ser feliz, de estar em paz e harmonia.

O que falta à maioria dos terapeutas de Reiki?

Aqui cada um terá que encontrar as suas próprias necessidades. Falando por mim, apesar de praticar terapia energética antes de aprender Reiki, gostaria de ter aprendido a tratar com Reiki. Não apenas a colocar as mãos, mas a compreender as técnicas e o sentido da energia, ou mesmo como fazer uma consulta. Acabei por descobrir isso mesmo através da prática e é por isso que tanto agradeço as bases sólidas que o meu avô me transmitiu que evitaram muitas situações. Sem dúvida que é a prática que nos traz experiência, por isso, quem queira ser terapeuta, em consciência, deve procurar ter essa experiência…o voluntariado, a partilha entre colegas… Temos que nos lembrar que vamos trabalhar num campo da saúde e que neste campo há o outro lado, a pessoa que vai receber a terapia. É um universo de responsabilidade. A energia faz o seu trabalho, mas o terapeuta tem também muito trabalho a fazer. Hoje em dia sinto ainda a necessidade de diálogo entre terapeutas.

Três palavras são imprescindíveis para um praticante de Reiki: mente, coração e mãos. Pode explicar?

Foi um conceito que comecei a sentir muito na prática. Em primeiro, precisamos de ter uma mente limpa, vazia, para que a energia flua sem bloqueios, para que a nossa perceção seja correta. Depois, precisamos de um coração predisposto. Um grande mestre dizia que, tendo a mente vazia, enchíamos o coração [de compaixão]. Um coração predisposto faz funcionar a energia, atrai Reiki e distribui-o por quem mais precisa, para nós ou para os outros e isso acaba por ser feito pelas mãos, as asas do coração.

Então temos estas três palavras tão importantes para a nossa prática de Reiki – Mente limpa, Coração predisposto, ação correta.

Por que é que sentiu que neste livro era importante enquadrar exercícios de limpeza dos chacras, de técnicas de Reiki e de meditação?

Cada vez mais precisamos relembrar o que é realmente o Usui Reiki Ryoho. Costumamos chamar Reiki à nossa prática, mas Reiki é a energia. O método por si é muito mais que só energia, só colocar as mãos ou tratar de outra pessoa. Não poderemos cuidar corretamente dos outros se não cuidarmos de nós. Não conseguiremos compreender um caminho de cura se não realizarmos o nosso mesmo. Para isso, temos que trabalhar os vários aspetos desta disciplina. Reiki começa com meditação. É o que fazemos quando colocamos as mãos em gassho e de seguida as técnicas trazem-nos a harmonia e equilíbrio para que a mente mude. A limpeza é incrivelmente importante. No Japão vemos as pessoas a praticarem um ritual de limpeza antes de entrarem para o templo, algo que está descrito também no livro. Praticar Reiki é algo que requer também um espírito harmonioso e limpo. Podemos praticar em qualquer lado e de qualquer forma, mas a nossa ligação, forma de estar e perceção são completamente diferentes quando encontramos essa harmonia e limpeza. Cuidar dos chacras é algo que fazemos com o autotratamento, mas empoderar a energia desses chacras foi algo que quis intensificar e tornar relevante com este livro.

Apresenta-nos igualmente técnicas para trabalharmos os cinco princípios, do nível 1 de Reiki ao nível de Mestre. De que maneira estes exercícios estruturados contribuem para o desenvolvimento pessoal?

Este foi um exercício que pratiquei e continuo a praticar ao longo do caminho. Os cinco princípios não param no primeiro nível e muito menos no dia da sintonização. É algo que vai sendo semeado em nós e, como todas as sementes, requer muitos cuidados para que possa vingar, dar flor e fruto. Um mestre de Reiki não é mais que um praticante de nível 1. Todos nós precisamos praticar os cinco princípios, não só como uma recitação mas sim como uma vivência, um eco, na nossa vida.

A dada altura, cita a seguinte frase de Augusto Cury: «Entendo que solidariedade é olhar no próximo as lágrimas nunca choradas e as angústias nunca verbalizadas.» Ser praticante de Reiki é também ser solidário?

É ser mesmo muito solidário. Reiki ajuda-nos a abrir o coração, daí dizermos ser uma terapia de amor incondicional ou de compaixão. Quanto mais nos unimos à energia universal mais compreendemos a interrelação que existe entre todos nós e isso leva-nos a ser cada vez mais solidários e bondosos. Vale a pena desenvolver o voluntariado e ajudar a cuidar de quem mais precisa.

Que mudanças lhe trouxe a viagem ao Oriente, para além de cimentar a realização desta obra?

Estas viagens que fizemos, tanto ao Japão como à China, levaram-nos a compreender ora a cultura oriental ora os fundamentos, os alicerces de uma filosofia de vida implícita. Foram muitas as lições que cada uma das viagens trouxe, mas todas convergem no mesmo caminho. Acima de tudo, fizeram-me compreender o sentido de entrega, de rendição ao universo. Não como uma folha solta ao vento, mas sim como uma parte consciente, integrante e participativa. Ver outras realidades faz-nos ver como somos pequenos e precisamos de trabalhar tanto para compreender a aceitação e o desapego.

O seu avô foi uma influência ímpar no seu crescimento e desenvolvimento interior. De que forma ele o fez ver o mundo?

Ao longo da vida, fui aprendendo as mais variadas matérias com as mais variadas pessoas. Muitas apresentavam-se como Mestres, outras não se apresentavam como nada, apenas pessoas que partilhavam saber. O meu avô foi um verdadeiro Mestre que me ensinou da forma mais árdua. Algo que me fez valorizar muito o que é aprender, respeitar a aprendizagem e ter um sentido profundo de uma arte. O meu avô era também um pintor, carpinteiro, inventor. Fazia de tudo, é a pessoa que mais admiro no mundo, reconhecendo a sua humanidade e defeitos, mas por isso mesmo era alguém de muito incrível para mim. Tudo no meu avô me fez aprender sobre o mundo, como estar nele e agir num caminho determinado. Sempre me ensinou o peso da responsabilidade que vai muito ao encontro do quarto princípio segundo os japoneses «só por hoje, trabalho arduamente».ありがとうございます蒼風

Qual a melhor maneira de sermos felizes?

Cada um encontrará a melhor resposta no seu próprio caminho, eu apenas poderei falar sobre o percurso que percorro e neste caminho compreendo que vale a pena construir a nossa consciência tendo como base os cinco princípios. Os princípios acabam por ser pilares universais nos quais fundamentamos a nossa forma de pensar, sentir e agir. À luz destes princípios, avaliamos as ações que tomamos. O mais incrível nisto é que a prática de Reiki não nos pede crenças. É por isso que integramos tão bem esta filosofia de vida na nossa forma de estar e, consequentemente, enredamos nas nossas crenças.

Seguir pelo caminho da «arte secreta de convidar a felicidade» é compreender que precisamos criar espaço em nós. Temos que nos esvaziar para depois preencher de felicidade. As ferramentas para nos esvaziarmos são os princípios, o autotratamento e as técnicas de Reiki. Lembra-te de que o caminho é longo, mas é muito bom e nem sempre o fazemos sozinho.

Qual a mensagem que quer deixar aos Portugueses com REIKI, GUIA PARA UMA VIDA FELIZ?

Vale a pena trabalhar arduamente para se ser feliz. Vale a pena praticar Reiki.

Conhecer as origens, compreender os fundamentos do Usui Reiki Ryoho irá ajudar-te a compreender melhor a tua prática. Desenvolveres a filosofia de vida irá ajudar-te a ser mais feliz e ajudará a humanidade a ser mais feliz. Todos estamos interligados e acredito que Reiki é mesmo um guia para uma vida feliz.

A ti, leitor e praticante de Reiki, desejo-te sempre dias de muita consciência serena, atenta e feliz.

 


 

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