Testemunho de um ano de trabalho em voluntariado Reiki na luta contra o cancro
Um Ano Depois
Um ano depois de ter iniciado o meu trabalho como terapeuta voluntária de Reiki na Unidade de Psico-Oncologia do núcleo regional do Norte da Liga Portuguesa contra o cancro, presto hoje o meu testemunho. Esta unidade, situada nas instalações da Junta de Freguesia da Sé, faculta também apoio psicológico especializado a doentes oncológicos bem como aos seus familiares.
Ajudar os outros a encontrar a esperança de viver é no fundo dar também um sentido às nossas próprias vidas. Sempre que uma paciente me procura, sinto-me grata por poder servir e pelo ensinamento que também ela me traz. E são variadas as razões que têm levado estas pessoas a recorrer ao Reiki, umas porque viveram o drama de um cancro recentemente, mas sentem-se ainda desequilibradas, outras porque se encontram em tratamento e reconhecem os benefícios da terapia ao nível da diminuição dos efeitos colaterais, outras ainda no papel de cuidadoras procuram a tranquilidade, que a doença dos seus familiares mais queridos, lhes retirou. Daí que testemunhar e vivenciar as melhorias significativas das pacientes, tem-se revelado uma experiência muito gratificante.
Deixo aqui o testemunho de duas dessas pacientes, a quem aproveito para agradecer o contributo por darem a conhecer a terapia a quem dela mais precisa.
O Reiki trouxe-me um relaxamento e um sentimento de paz, tranquilidade, mas também me ensinou a valorizar a vida, deixando de lado o percurso mais habitual da minha vida que era Trabalho – Casa – Casa – Trabalho. Às vezes, até penso que foi bom ter-me aparecido esta doença, visto que sem ela provavelmente nunca me teria cruzado com estas pessoas que me têm ajudado imenso e me têm incentivado a ajudar os outros. Penso que não consigo descrever estas sessões de terapia apenas por palavras, porque estas foram muito especiais e benéficas para mim.
Carminda Silva
O meu primeiro contato com o Reiki foi numa fase muito difícil da minha vida.
Foi-me diagnosticado, cancro de mama com 38 anos, o meu primeiro pensamento foi “vou morrer”, perdi completamente o chão. Não conseguia aceitar de forma alguma todas as transformações físicas que foram sucedendo. Foi nesse contexto que uma amiga minha me falou em fazer uma sessão de Reiki e assim foi.
Na minha primeira sessão de Reiki eu estava um pouco receosa, mas no decorrer da sessão fui relaxando aos poucos. Senti imensos arrepios, mas não tinha frio, sentia as lágrimas correrem-me pelo rosto…foram tantas as sensações, mas no final sentia-me muito bem parecia que tinha tirado o peso do mundo das minhas costas.
Um dia antes ou depois de fazer quimioterapia, também fazia uma sessão de Reiki, sentia- me bem. Depois de algum tempo acabei por deixar devido a questões financeiras.
Foi através de outra amiga que fiquei a saber, que na UPO faziam Reiki a pessoas que estavam a passar por cancro, marquei logo que uma sessão, foi assim que conheci a Sofia. Faço Reiki todas as semanas. No decorrer de todo este processo fui compreendendo melhor o Reiki e a sua importância para a cura. Aprendi a gerir melhor todas as minhas emoções e o mais importante, temos que acreditar na nossa cura. Hoje eu sei que foi através do Reiki que consegui passar pelo processo de quimioterapia sem sentir grandes efeitos secundários.
Em determinada altura perguntaram-me o que é que o cancro me trouxe de bom… eu respondi nada! Hoje já não digo isso, nesta luta tive o privilégio de ver entrar na minha vida pessoas extraordinárias.
Com o Reiki e a medicina convencional eu sei que vou vencer esta luta!
Paula Fernandes
A todos aqueles que direta ou indiretamente têm colaborado comigo e a todos aqueles que tenho tido a felicidade de poder ajudar o meu muito obrigado!
Sofia Vilas Boas
João Magalhães
A Associação Portuguesa de Reiki é uma Associação sem fins lucrativos para o apoio a praticantes de Reiki e esclarecimento sobre o Reiki em Portugal.
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