Uma vida dedicada ao Outro – Um breve relato do trabalho realizado por voluntários na ONG Casa do Caminho
É com sentimento de gratidão que relato aqui a história destas pessoas que me inspiraram a procurar o Reiki como uma ferramenta de tratamento dos mais diversos sofrimentos humanos que estou tendo a oportunidade de assistir na minha prática profissional.
Foi depois que uma tia muito querida que estava com câncer buscou auxilio nesta casa, onde ofereciam tratamentos “alternativos”, e principalmente, depois que comecei a observar a mudança no comportamento dela, a melhora do seu quadro e uma atitude mais positiva diante de tudo que estava vivendo, que decidi aderir a filosofia Reiki.
Na cidade de Pelotas, no sul do estado do Rio Grande do Sul, Brasil, existe um trabalho belíssimo de entrega e dedicação ao próximo. Um lugar procurado por pessoas que estão vivendo algum tipo de sofrimento, que estão carregando alguma dor ou enfermidade e que chegando lá encontram: acolhimento, assistência e apoio. Sim, este lugar existe e se chama: Casa do Caminho.
Idealizada pela Irmã Assunta, a Casa do Caminho oferece atendimento e acompanhamento psicológico, Fitoterapia, Homeopatia, Massoterapia, Acupuntura, Jin Shin Jyutsu, técnica oriental de equilíbrio das energias do corpo e Reiki. São voluntários que assumem o tratamento daqueles enfermos que, depois de passarem pela triagem com a própria Irmã, passam a receber de forma gratuita, aquilo que será mais benéfico no seu caso em particular.
A fundadora deste projeto encantador, Irmã Assunta, começou muito cedo a se dedicar a cuidar do próximo. Incentivada pela mãe, adquiriu o conhecimento sobre plantas, e mais tarde, com os índios com quem trabalhou nas missões, pode ampliar tais conhecimentos. Com este recurso natural, passou a ajudar as pessoas, sem recursos financeiros, a amenizar e curar a dor do corpo, da mente e da alma.
Trabalham nesta ONG voluntários como a nutricionista Liana Correia Barcellos, com quem tive o prazer de conversar. Ela me contou que durante muito tempo se dedicou a sua profissão, mas sempre com aquele sentimento de que “faltava algo”, e foi através do Reiki que passou a ter um novo sentido sua vida.
Segundo a Mestre em Reiki, Liana, o grupo de voluntários que trabalham com ela, gira em torno de oito pessoas. As aplicações são feitas em grupo, e em torno de doze pessoas são beneficiadas por dia. Os atendimentos são realizados duas vezes por semana.
Liana lembra bem de um atendimento em específico, de um senhor que estava passando por uma crise depressiva, de como ficou satisfeita e sentindo-se realizada quando depois de algumas aplicações, o paciente chegou à sessão contando o quanto estava se sentindo feliz novamente. “Este é o retorno, este sentimento de felicidade, de satisfação em ter ajudado o outro” revela Liana.
Comenta também sobre como é bom trabalhar com a Irmã Assunta. Que na eminência de completar 92 anos de vida, podemos facilmente identificar nesta pessoa, a tradução literal do que é solidariedade, compaixão e caridade. Podemos inclusive, reconhecer neste ser humano, um exemplo claro de dedicação ao próximo, uma vida dedicada ao outro.
São histórias como essa que nos inspiram e nos provocam, pois afinal não conseguimos nos manter imparciais diante de tanta solidariedade, inertes diante de tanta energia e indiferentes diante de tanto amor emanado.