Testemunho de voluntariado Reiki em Seniores – Núcleo de Reiki de São Pedro de Sintra
Testemunho de voluntariado Reiki em Seniores – Núcleo de Reiki de São Pedro de Sintra

Testemunho de voluntariado Reiki em Seniores – Núcleo de Reiki de São Pedro de Sintra

O núcleo de Reiki de São Pedro de Sintra, da Associação Portuguesa de Reiki, tem vindo ao longo dos anos a fazer várias iniciativas de esclarecimento e, mantém sempre uma atividade base – o voluntariado em Seniores. Partilhamos o testemunho da Coordenadora e voluntária, Paula Baúto e da voluntária Ana Nascimento.

Testemunho de Paula Baúto, voluntária e coordenadora do Núcleo de São Pedro de Sintra

Quando vamos a uma instituição fazer voluntariado, nunca sabemos como vai correr. Sabemos que, enquanto voluntários, temos que nos ajustar às condições da mesma e às necessidades dos utentes. Também não sabemos como vamos ser recebidos pelos utentes nem a reação deles à terapia Reiki – muitos nem sequer sabem o que é.

Comecei a fazer voluntariado num lar de 3ª idade. No primeiro dia, tinha que explicar o que é o Reiki, os cinco princípios e a terapia.

Enquanto explicava, olhava para aquelas cinco utentes e percebia, pelos seus olhares, que não estavam a entender muito bem do que eu falava.

Não é fácil explicar a pessoas com mais de 80 anos, que somos energia, que temos centros energéticos – chacras – e que as minhas mãos vão ajudar a que se sintam melhores…

Tentei uma forma mais fácil e quando comecei o tratamento, explicava que iam sentir um calorzinho das minhas mãos e esse calorzinho era muito bom e ia ajudar a ficarem mais tranquilas, promovendo o bem-estar.

A primeira senhora a quem fiz o tratamento, não descontraía, não fechava os olhos e sempre que olhava para ela, ria-se com ar trocista. A certa altura disse-me “Acho isto, um disparate” e continuava a rir. Eu pensei “Não é um disparate, mas a senhora não conhece, não consegue explicar e não está a aceitar”. Então, perguntei se não sentia um calor a sair das minhas mãos. Respondeu-me que sim e voltei a dizer-lhe que esse calor fazia bem, acalmava.

Quando terminei a sessão, perguntei se na semana seguinte queria que lhe fizesse Reiki outra vez, respondeu afirmativamente, mas sem grande convicção.

Na semana seguinte, enquanto me preparava com a outra colega para iniciarmos o voluntariado, aquela mesma senhora (sentada perto de mim) tocou-me e disse “Oh menina, dói-me um bocadinho este joelho (tocando no joelho direito). Ontem caí e fui com o joelho ao chão”. Perguntei se queria que eu lhe fizesse um bocadinho de Reiki e ela anuiu, desta vez com mais vontade.

Reiki é assim, acontece sem muitas vezes conseguirmos uma explicação fácil. Aquela senhora que no primeiro dia não sentia nada nem acreditava, foi a primeira a abordar-me porque precisava que a ajudasse com Reiki.

Só por hoje, confio muito!

Testemunho de Ana Nascimento

Testemunho de voluntariado na Residencial Sénior Mar da Tranquilidade

Começámos por nos apresentarmos e apresentar o Reiki. Se já não é fácil falar de Reiki aos mais novos, a pessoas com 80 anos, já pouco recetivas, é ainda mais difícil, até porque o Reiki não se explica, sente-se.

Opto por dizer que vou fazer-lhe uma coisa que vai faze-la(o) sentir-se bem, mais calma(o) e tranquila(o). É bom, vai gostar. E aceitam. Quase todos me parecem alheios no momento em que recebem Reiki. Mas a maior parte aceita de bom grado. Não sei se por se sentirem, efetivamente, bem ou se porque alguém lhes está a dar atenção. Seja como for, eu gosto de ali estar.

Ver estas pessoas ali sentadas à espera que o tempo passe, ali depositadas e sós, fez-me conhecer esta realidade: a probabilidade de um dia ser eu ali. Importo-me? Não. Claro que me parece mais aprazível viver com as minhas filhas, mas percebo se também eu for depositada num lar. Não me incomoda grandemente desde que não perca a capacidade de fazer Reiki e de meditar. Enquanto for capaz de praticar, terei sempre garantida uma ocupação. Hei de praticar até morrer. Morrerei “limpinha” como um cristal , com as emoções estabilizadas, harmonizadas, em paz.

Obrigada, Paula.
Obrigada, Mestre.

Ana Nascimento